Grandes mudanças se instalaram nesta casa.
O lobo dorme agora sob as estrelas, cansado do calor e da caçada... está a ficar velho, o que lhe traz sabedoria e lhe retira velocidade. Continua a ser o mais forte, mas nunca mais será o mais belo de entre os seus irmãos. O respeito da alcateia cresce, e a lenda ainda está viva, mas o sonho do velho lobo está cada vez mais distante, aquilo que ele realmente quer está cada vez mais morto, se é que essa realidade pode ter tons de cinzento.
O fogo azul viaja para o corvo,
que observa do topo do mais velho carvalho novo.
Os tesouros que o cercam brilhantes
Anseia pelo mais reluzente diamante,
que o complete para sempre.
É interrompido pelo cheiro a sangue morno
Voando rumo à serpente que descansa em torno
de uma grande túlipa cor de morte,
o corvo tenta a sua sorte
e cai de novo por terra.
Este é o presente da irmandade, apresentado fresco mas corrompido pelo passado a meio termo, seguramente relatado em seguida, para todas as estrelas que se tornaram em olhos. Duas brilham com mais intensidade, tendo folheado o tomo pela manhã, regressarão sem dúvida com o crepúsculo, assim que os arautos da desgraça se fizerem ouvir pelas ondas do lago.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
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